segunda-feira, 15 de junho de 2009

TIPOS TEXTUAIS


TIPOS TEXTUAIS
A INTER-RELAÇÃO ENTRE GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
OFICINA 01/06/2009. LÍNGUA PORTUGUESA
FORMADOR: VALCIR TREVISAN

Iniciamos a oficina com a leitura de um texto chamado UMA FÁBULA, de G. H. Beaves, que retrata o funcionamento de uma escola para animais. Após a leitura, foram feitos comentários acerca do funcionamento da escola e como a escolha inadequada do currículo e o desrespeito às individualidades podem trazer sérios prejuízos aos alunos.
No momento das discussões sobre o desenvolvimento dos assuntos e das atividades propostas percebi um problema sério que está ocorrendo com os cursistas de Vila Rica, houve uma reclamação geral que, o pouco tempo entre as oficinas e as muitas atividades que os professores exercem no dia-a-dia, faz com que a maioria não consiga ler e realizar as atividades dos TPs adequadamente, o que está prejudicando o andamento do Programa. Um ano para a realização de um programa de tal importância é muito pouco tempo.
No momento da troca de experiências alguns professores não realizaram o AVANÇANDO NA PRÁTICA com seus alunos e, portanto, não tinham experiência para relatar. Novamente conversei com o grupo sobre a necessidade e importância da realização das atividades e leituras e da realização do avançando na prática com seus alunos, pois o Programa Gestar II é teoria e prática, e uma não pode ser desvinculada da outra, sob o risco do sucesso do Programa não acontecer.
Das experiências apresentadas o ponto que mais chamou a atenção de todos foi o relato unânime de que a participação e envolvimento dos alunos são maiores quando as atividades são mais significativas e trazem um objetivo claro. “Quando a atividade é do Gestar os alunos participam mais e melhor”. “Em toda minha carreira nunca houve tanto envolvimento e participação dos alunos quanto agora”. Houve alguns relatos de preocupação, pois alguns alunos estão nas fazes finais e ainda não foram plenamente alfabetizados, apresentam grande dificuldade de leitura e escrita.
Na proposta de atividades, os cursistas reuniram-se em grupos para discutir e realizar a atividade proposta no TP elaboraram cartazes com os resultados da discussão e apresentaram para a plenária.
Houve uma discussão acerca da “pureza ou mistura” de tipos textuais, pois nas aulas de Língua Portuguesa ainda é ensinado dissertação, narração e descrição como tipos “puros”, mas com o estudo realizado percebeu-se que há uma predominância de um tipo sobre outro, porém que a pureza textual é quase impossível.
O passo seguinte foi a avaliação do encontro e apresentação da próxima oficina.

UMA FÁBULA
Dr. G. H. Beaves – Cincinatti/Ohio/E.U.A.

Certa vez os animais resolveram preparar seus filhos para enfrentar as dificuldades do mundo atual e, para isso, organizaram uma ESCOLA. Adotaram um currículo prático que constava de corrida, escalada, natação e voo. Para facilitar o ensino, todos os alunos deveriam aprender todas as matérias.
O pato, exímio em natação (melhor mesmo que seu professor) conseguiu notas regulares em voo, mas era fraco em corrida e escalada. Para compensar essa fraqueza ficava retido na escola todo dia, fazendo exercício extra. De tanto treinar corrida ficou com os pés terrivelmente esfolados e, por isso, não conseguia mais nadar como antes.
Entretanto, como o sistema de promoção era a média aritmética das notas dos vários cursos, ele conseguiu ser um aluno sofrível e ninguém se preocupou com o caso, exceto, naturalmente, o pobre pato.
O coelho era o melhor aluno do curso de corrida, mas sofreu tremendamente e acabou com esgotamento nervoso, de tanto tentar a natação.
O esquilo subia em árvores admiravelmente, conseguindo belas notas no curso de escalada. Mas foi frustrado no voo, pois o professor o obrigava a voar de baixo para cima e ele insistia em usar os seus métodos, isto é, subir na árvore e voar de lá para o chão. Ele teve que se esforçar tanto em natação que acabou por passar com a nota mínima em escalada, saindo-se mediocremente em corrida.
A águia foi uma criança problema, severamente castigada desde o princípio do curso porque usava métodos exclusivos para atravessar o rio ou subir nas árvores.
No fim do ano, uma ENGUIA anormal, que tinha nadadeiras, conseguiu a melhor média em todos os cursos e foi a oradora da turma.
Os ratos e cães de caça não entraram na escola porque a administração se recusou a incluir duas matérias que eles julgavam importantes: escavar tocas e escolher esconderijos. Acabaram por abrir uma escola particular junto com as marmotas e, desde o princípio, conseguiram grande sucesso.

O QUE SERÁ QUE ESSA FÁBULA TEM EM COMUM COM NOSSAS ESCOLAS ????????????

Professor Valcir Trevisan
Formador
GESTAR II/2009.

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