quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM











OFICINA GESTAR II
UNIDADES 21 E 22 TP6
ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM
PRODUÇÃO TEXTUAL: PLANEJAMENTO E ESCRITA
VILA RICA, 31 DE AGOSTO DE 2009
FORMADOR: VALCIR TREVISAN

A oficina foi marcada por uma discussão sobre a postura de alguns cursistas que estão desmotivados a participar de cursos de formação continuada devido à desvalorização profissional por parte do poder público municipal que não incentiva os professores da rede a se atualizarem ou realizarem formação continuada, a situação salarial da categoria é desmotivadora e geradora de grandes discussões, por isso alguns optam em fazer cursos de especialização e abandonam o Programa Gestar II.
Como professor e formador do programa procurei mostrar ao grupo que o Programa Gestar II possibilita ao profissional de educação melhorar seu trabalho cotidiano e que, independente da desvalorização financeira e as más condições de trabalho, devemos investir nessa melhoria levando aos alunos uma educação de melhor qualidade.
Quanto a trocar o Programa Gestar II por uma especialização, não há nada a fazer, somente incentivar cada professor a buscar melhorias na carreira que escolheu.
A ação posterior foi a troca de experiências na qual cada professor presente expôs ao grupo o que realizou no Avançando na Prática para apreciação e comentários dos colegas.
A atividade coletiva ocorreu com a realização de duas crônicas pelos professores que foram divididos em dois grupos, um grupo escreveu sobre a docência e outro sobre um episódio constrangedor ocorrido numa escola estadual da cidade em que alguns professores (inclusive da coordenação) criticaram veementemente algumas professoras de Língua Portuguesa por terem trabalhado prostituição infantil na escola e trabalhado o filme “Anjos do Sol”, o fato rendeu inclusive uma denúncia à Secretaria de Educação do Estado.
OLHOS VENDADOS
“Até quando vamos fingir em não ver nossas crianças cuidando de outras crianças?
Os profissionais da Educação são podados ao trabalharem assuntos relacionados à prostituição infantil.
O filme ANJOS DO SOL, o qual retrata a prostituição infantil, mães que vendem as filhas para se livrar da responsabilidade. As meninas são levadas para um prostíbulo num garimpo. As cenas não são explícitas, no entanto subentende-se, os cafetões preferem crianças analfabetas.
Esse conteúdo fez repercutir uma polêmica deprimente associada aos idealizadores do projeto, mesmo sendo trabalhado detalhadamente com esclarecimento à comunidade, com pesquisa, palestrante da área de saúde e judicial.
Os pais que participaram, tiveram aceitação positiva, abrindo a visão em relação a nossa realidade que vem crescendo em grande número de prostituição precoce.
Através de pesquisas, foram detectados vários casos de crianças de 8 a 12 anos grávidas de pessoas próximas como: tios, padrastos e amigos da família.
Havendo uma preocupação em alertar os alunos e pais, surgiu a realização desse projeto.
No entanto, alguns colegas que se diziam tão esclarecidos repudiaram o projeto de conscientização dos nossos adolescentes, utilizando-se de hipocrisia dos valores éticos.
Ao discutirmos o filme na íntegra, alguns colegas criticaram que existiam cenas fortes, que o filme não foi bem escolhido, convocando todos os profissionais à assisti-lo, sendo que apenas uma professora sentiu-se emocionada, mesmo assim o caso foi denunciado à ouvidoria da Secretaria de Educação de Mato Grosso.
Após a análise do projeto pela SEDUC, a resposta foi louvável e que não haveria motivo para abertura de processo. No entanto, durante o período em que o projeto estava sendo analisado pela Secretaria de Educação, os professores passaram por humilhações e críticas.”
Autoras: Lidiane Heimerdinger Silva, Lusilene Alves A. Ferreira e Marildes Ribeiro de Souza.

DOCÊNCIA: UMA ROTINA PRAZEROSA

“É uma rotina que leva a vários prazeres e dissabores. Porém, esta contradição não leva àqueles que a possuem desistir dela ou mudá-la.
Levantar cedo, mais ou menos cinco da manhã, ir para o ponto de ônibus depois de realizar os deveres matinais, suportar o pesado sono da madrugadinha e resistir às trepidações das estradas são os pormenores mais comuns que recheiam a vida de quem trabalha nas escolas da zona rural.
Outros “prazeres” acontecem ao longo do dia como ficar sem o café da manhã devido ao pouco tempo para início das atividades diárias, lanchar o que, porventura, sobra, e ainda, testar a criatividade hora a hora dançando conforme a “música educacional”. É na famosa hora atividade, ao passo da escassez do material de apoio que o indivíduo se torna artista, criando e oferecendo suas atividades mais importantes. Uma vez que na relação aluno/professor/pais os descontentamentos da vida de professor não podem ocupar o primeiro lugar.
O momento de ministrar aulas é “sagrado”! Nada pode ser percebido, as barreiras enfrentadas até aquele momento devem ser insignificantes, o diálogo precisa ocorrer harmoniosamente sem interferências, mesmo que o desrespeito constante permaneça em evidência. Mas essa é a rotina implacável!!
Contudo, nesta vida de professor o ápice da questão ainda não está apenas nessas ações, é no ciclo vicioso do dia-a-dia que as diferenças vão apontando e ninguém entende por que o salário estadual dispara na frente do municipal, obrigando com isso a prática dos ditos “bicos”.
Mas, enfim, além de bater a poeira da estrada e encarar o serviço, nessa rotina de vida é preciso dar sequência às competências da profissão, sacudindo a poeira dos dissabores, pois uma coisa é certa – o sorriso e o otimismo não podem se equiparar a remuneração e os jugos que permanecem inertes.
Autoras: Gilda Maria de Oliveira Guimarães, Izaildes Cândida de Oliveira, Marisa Paulus Mota, Kiyoe Sasaki.

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